Em comunicado divulgado na noite de 27 de fevereiro de 2023, a Viva informou que está suspendendo suas operações “com efeito imediato”.
A empresa colombiana, que passa por um momento delicado, teve que devolver ao dono cinco aeronaves A320 recentemente enquanto aguarda uma decisão sobre seu processo de fusão com a Avianca, ao mesmo tempo que outras empresas latinas tentam comprá-la.
Mas todo esse “assédio” de compradores pode não valer de nada se a empresa parar de voar antes e a falta das aeronaves parece ter começado a surtir efeito. Segundo o Aeroporto de Medellín informou na noite noite, 5 voos da empresa foram inicialmente cancelados em sequência, dentre eles para o Brasil.
O voo VH-416 para São Paulo deveria decolar às 20h11 de Medellín mas foi cancelado, além de outros voos para Buenos Aires, Barranquilla, Bogotá, Cartagena e Cali. A situação na capital colombiana não é diferente, com 3 voos cancelados, para Medellín, Buenos Aires e Lima.
Mais tarde, a empresa se pronunciou nas redes sociais, informando a suspensão de todos os voos. Segundo afirmou a companhia, a decisão se baseia na “demora na tomada de decisão” da Aerocivil após o Comunicado emitido pela autoridade em que reconhece a posição da Wingo, Aerolíneas Argentinas, Ultra Air, LATAM Colômbia e JetSMART como “terceiros interessados” no processo de integração da Avianca e da Viva.
A empresa informou que, enquanto durar a suspensão, continuará trabalhando com os credores e buscará preservar sua capacidade de reiniciar as operações em uma data futura, “supondo que a Aeronáutica Civil aprove imediatamente a aliança pendente”.
“Depois de mais de sete meses de atrasos por parte da entidade, a Viva apresentou inúmeras evidências ao governo colombiano para demonstrar que está em uma situação financeira crítica, garantindo que a única maneira de continuar voando é a Aeronáutica Civil permitir isso. fazer parte de um grupo de companhias aéreas mais forte e bem capitalizado. Em vez disso, a decisão de hoje questiona o futuro do serviço aéreo Low Cost na Colômbia e põe em risco o emprego de mais de 5.000 colombianos, que dependem direta e indiretamente da Viva”, diz o comunicado.
“Estamos neste ponto devido aos repetidos atrasos da Aeronáutica Civil e sua incapacidade de reconhecer que o que é melhor para a Viva também é o melhor para todos os colombianos”, conclui a empresa em nota. Nela, ele também traça uma cronologia que começa em agosto de 2022, data em que apresentou o pedido de integração com a Avianca.
FONTE:AEROIN
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